A Culpa é das Estrelas

25/01/2014 00:11

Boa noite tão amados leitores do C.D.P.
Aqui quem escreve é Duh Marculino, iniciando minha parte mais efetiva no blog, mas como não é isso que interessa e sim a critica, vamos lá!

Humanismo. Não tem como falar dessa obra sem que essa palavrinha venha em nossa mente. (Só a nível de informação) “O Humanismo é a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância”. E o livro faz isso o tempo todo. É um romance ultra moderno e nosso, dos seres humanos, fanáticos e falhos. Doentes e valentes. Únicos. Assim também, única, é a narrativa da nossa “Historinha” do John Green. Que nos arranca do sofá, da cama, da poltrona, nós da um belo de um pé na bunda e nós manda ser feliz hoje. Ok. Vamos ao que realmente interessa.

Vamos falar sobre: A Culpa é das Estrelas.
Você deve conhecer alguém que teve ou tem câncer, nem que essa pessoa seja um artista de TV. Quando alguém tem câncer nós automaticamente desligamos o “modo vida” e ligamos o “modo câncer” a pessoa desaparece e nós só conseguimos enxergar a doença, mas depois de A Culpa a Culpa é das Estrelas, você não vai mais pensar assim.
Nas primeiras paginas do livro nós conhecemos a Hazel Grace Lancaster 16 anos, fã de carteirinha do reality show America’s Next Top Model que, ao ser diagnosticada com depressão “Efeito colateral do câncer”,  é forçada por seus pais a participar de um grupo de apoio. Daí você pensa que a historia vai começar a ficar triste, mas isso é puro engano. Em A Culpa é Das Estrelas você rir nos momentos mais improváveis, o John Green usa de uma magnitude tão fantástica com as palavras que faz o obvio (Choro) desaparecer e só aparecer quando ele realmente quer que apareça, ou seja... “Ele brinca com nossos sentimentos na cara de pau” Você não sente pena dos personagens, você só pensa “Ah! Como eles são lindos e descolados”.
No tal grupo nossa protagonista Hazel encontra e se apaixona por Augustus Waters, de 17 anos, ex-basquetebolista amputado. Ai você pensa “Agora vai ser só tristeza”. Ok. Outro engano! Quando finalmente o casal se encontra, você descobre que a história não é sobre o câncer, mas sim, sobre o amor de duas pessoas que tem câncer, você põe a doença em segundo plano e enxerga apenas o amor.

Um amor adolescente como outro qualquer, cheio de “fofuras”, passeios e viagens românticas, rebeldia etc. É tudo tão normal que... Que vai ficando complicado quando o Green finalmente decide nos fazer chorar, fazendo o inevitável acontecer. O Que é inevitável? Bem, você precisa ler o livro.
De tão Simples e cativante que a narrativa do John se mostra, ela nos prende e nos leva de uma pagina a outra sem que a gente perceba. Diferente de outras historias que mesclam “Dor e um casal apaixonado” que já li, ela não nos deixa tenso, nem deprimido, ela só nos faz pensar: “O que estamos fazendo para dar certo?”. E logo depois disso você pensa “John seu filho da mãe, não é à toa que seu livrinho Adolescente virou um best-seller” e depois disso pensa “Como seria bom um filme”.
Como eu poderia esquecer? Vai virar filme sim.
Se você tem um pé atrás com livros “modinha”, já pode tirar ele daí. A culpa é das estrelas não é um “romancezinho” decepcionante, na verdade nem deveria ser posto junto de outros livros românticos como os do Sparks – Nicholas Sparks (nada contra o Sparks). A culpa é das estrelas deveria estar na prateleira dos livros de aventura, uma vez que é isso que é.
O livro fala sobre a aventura épica que é viver um amor quando sobreviver já é complicado demais. Ainda assim os personagens vivem esse amor, que por sua vez se mostra bem mais verdadeiro que a doença. Até mais que a vida.
O livro não é um mela-mela com frases de efeito em casa parágrafo, não é um drama que não leva a lugar nenhum. Muito menos uma serie de parágrafos permeados por frases de amor incondicional, mas tudo isso você encontra nas entrelinhas.
 

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